O que é a doença para o Homeopatia?

Segundo o médico alemão Samuel Hahnemann, nosso grande mestre e idealizador da Homeopatia, a doença seria uma tentativa da energia vital – que permeia e coordena todas as funções do organismo – de reequilibrar-se. Essa energia é imaterial, como a energia elétrica ou a magnética, e não pode ser tocada, vista ou percebida pelos sentidos (exceção feita a certos sensitivos e alguns equipamentos radiestésicos).

Quando nossa energia vital está vibrando de forma equilibrada, todos os nossos sistemas funcionam harmonicamente, tanto no plano físico como no mental. A isso damos o nome de saúde! No estado de saúde, o ser humano tem não só seu sistema imunológico funcionando adequadamente, mas todos os outros: cardiorrespiratório, endocrinológico, digestivo, excretor, reprodutivo e neurológico. Todos os sistemas do organismo se inter-relacionam como uma complexa estrutura viva.

Essa estrutura, idealizada pelo Criador e reproduzida pela criatura há milhares de anos, quando em equilíbrio, pode usar seu livre-arbítrio e sua vontade, de acordo com sua natureza, projetando-se como um ser não conflitivo a serviço de sua comunidade.

Quando o equilíbrio da energia vital é rompido, surgem no organismo sensações desagradáveis, levando-o a ter reações anormais, às quais chamamos de doença.

Ou seja, as doenças nada mais são do que uma tentativa do organismo de entrar novamente nos eixos. Atuam como válvulas de uma panela de pressão que, por sua atuação defensiva de expulsar calor, eliminam o excesso de pressão ao qual o sistema está submetido.

E, no nosso caso, que pressão é essa? O que pode desequilibrar nossa energia vital? Várias outras formas de energia podem perturbar esse equilíbrio: alterações físicas, como mudanças climáticas, frio, calor e umidade, radiações, poluição etc.; alterações químicas provocadas por tóxicos, medicamentos, alimentos degradados ou em excesso etc.; agentes biológicos, por exemplo, vírus, bactérias, fungos e/ou outros parasitas; e alterações psíquicas, como sus­tos, raiva contida, perda de algo ou de alguém e outras emoções muito intensas.

Portanto, uma pessoa asmática que esteja sem sintomas há mais de um ano pode voltar a apresentar crise de falta de ar quando exposta a um desses fatores, ao qual ela seja especialmente sensível. Essa exposição pode vir a causar um desequilíbrio que se manifesta em um broncoespasmo, por exemplo.

Outro indivíduo, com a “válvula” localizada na cabeça ou no estômago, em razão de sua herança genética, poderia ter uma crise de enxaqueca ou de gastrite, respectivamente. Devemos lembrar que um dos papéis das válvulas é o de dar o alarme, avisar o sistema de que a pressão chegou a um limite perigoso. Por isso devemos escutar mais o que os nossos sintomas e as nossas doenças querem nos dizer.

Então, no conceito homeopático, a asma, a enxaqueca e a gastrite são manifestações do desequilíbrio da energia vital, abalada por algum agente externo ou interno, ao qual o indivíduo era previamente sensível ou suscetível. E portanto, a verdadeira saúde se consegue diminuindo o “fogo” ao qual o indivíduo está inserido ou aumentando a resistência da pessoa (panela) com medicamentos bem selecionados a partir de uma boa repertorização de seus sintomas gerais, mentais e físicos e que sejam bem modalizados e característicos daquele paciente.